30 de outubro de 2011

Consumismo

Cada vez que consumo, nasce lixo.
Sociedade sedenta por produtos,
robôs programados para supérfluos.
Deixam seus resíduos para lá,
nós somos a embalagem,
cada vez mais o conteúdo perde importância,
caixas de ar.
Cada vez que consumo, lixo nasce.
Lixos humanos,
estragados,
corroídos
e desperdiçados.
Seres humanos que fecham os olhos para não verem ao seu redor,
se eles acham isso feio,
imagina se olhassem para seus interiores.
Cada vez que consumo, nasce lixo.
Enquanto alguns se fartam de luxo,
outros nadam no lixo,
nadam em busca de uma sub existência,
regando secamente suas miseráveis vidas,
mas são miseráveis de valores concretos,
pois são mais nobres do que aqueles que muito tem e desperdiçam.
Cada vez que consumo, lixo nasce,
pois a sociedade imunda já nasceu 
e aqui cada vez mais se solidifica.


26 de outubro de 2011

Você pode me bater,
você pode até me matar.
Mas prometo que levo uma parte de você comigo
pro inferno.

23 de outubro de 2011

"Cansei de ser o alvo,
agora quero ser a arma."
(Elaine Fernandes)

Grilhões do amor

Ajoelho-me a teus pés e peço aprovação.
Olho para o chão e beijo teus pés,
ergo a cabeça e contemplo e teu rosto.
Peço tuas palavras e talvez até suas reclamações
apenas para ouvir a tua voz,
e sentir o teu doce hálito.
Seu aroma me hipnotiza.
Olho em teus lindos olhos raivosos,
apenas desejando que tu me olhes.
Sua pele parece tão macia,
mas tu não deixa-me tocá-la.
Mesmo que chute-me,
pelo menos sei que estou tendo um minuto de sua atenção
e por este momento estou em teus pensamentos.
Não consigo,
nem quero te esquecer,
pois as mais lindas imagens de minha memória são impressas com teu rosto.
Não entendo por que tanto rejeita-me,
apenas quero o teu bem.
Ponha os grilhões,
serei tua escrava.
Mas por um momento de lucidez penso,
e chego a conclusão de que isso não é amor,
é idiotice.
Agora realizarei teu último desejo,
e irei embora.
Tu agora perdestes a boba que tanto te amou.

Inveja (ciência)


Inveja

Sentimento corrosivo e amargurado.
ácido que deseja destruir o bem alheio,
amargos pensamentos.
Desejos,
deseja o que é do outro,
deseja obter,
tomar-lhe como se fosse por direito,
não suporta o sucesso alheio.
Sentimento nublante,
embaça a bondade que ainda lhe resta,
substituindo-a por puro egoísmo.
Sentimento que arranha grotescamente as paredes do coração
e promove sons repulsivos do interior de sua garganta sufocada.
As vezes é apenas um desejo,
apenas uma necessidade,
como a sede ressecada por água.
As vezes é apenas funesto luxo,
como o prazer pelo brilho daquele duro mineral (joia),
por ele seu sentimento também endurecerá.
Em um momento quer o que é substancial,
tateável.
Em outros quer o que é apenas essência,
sensitível.
Sentimento que enrijece,
até os olhos,
eles viram pedras podres direcionando venenosos olhares.
Cuide-se,
traga consigo o antídoto do "dar de ombros".
As palavras endurecem,
açoitam com chicotes de fogo,
o fogo que te queima,
talvez secretamente por dentro.
Corrosiva e amargurada inveja.
talvez seja apenas admiração obscurecida e má.

*Não ficou bom, mas é dedicado à você João.

20 de outubro de 2011

Julgam-me

Julgam-me o tempo todo por crimes que não cometi,
a espera de meu erro para apontar-me.
Se tropeço eles esperam eu cair,
dirigem-me sempre as palavras mais amargas que sua garganta possa produzir,
ficam a querer adivinhar meus sentimentos,
mas está tudo precipitado,
sua interpretação é sempre incorreta.
Quando iram perceber que tenho um coração,
sentimentos?
E quando perceberam que estão dilacerantes a todos eles?


18 de outubro de 2011

For my amoras

Obrigada por aguentar-me com minhas eternas amarguras,
saiba que do profundo do meu sentimento tu estas com um lugar reservado
 em meu estúpido coração.
O sentimento que por ti nutro é um dos mais puramente verdadeiros,
e deste não reclamo,
pois tenho orgulho de estar pairando em volta de tua bela aura.
Tu és daquelas pessoas em que no momento em que desejo prantear 
consegue que um sorriso fortuito me escape,
posso dizer que tu me alegras,
e traz os bons sentimentos de volta a mim,
me faz mais leve no flutuar de tuas leves conversas,
no aconchego de tuas brincadeiras.
Finalmente és tu que deixa-me descarregar-me de minhas lamentações,
e a ti confio minhas constrangedoras confissões.
Desculpe-me por ser esta criatura de estranha companhia,
e desculpe-me por apesar de todo o bom sentimento que por ti tenho 
em mim há dificuldade de exteriorizar e demonstrar o quanto tu és importante para mim,
tolo constrangimento este meu.
E agora confesso com minhas medíocres palavras que 
eu Te Amo.

*Especialmente feito para minhas amoras darks Vanessa e Angela <3
Angela

Vanessa


Não está a altura de vocês, ou ao meu sentimento, mas o que importa é a intenção.

12 de outubro de 2011

Sem meu amor, sem vida

Deixe-me no andar próximo ao teu,
mesmo que seja nas labaredas chamuscantes do inferno,
ou na monotonia celestial dos céus,
o importante é estar junto a ti.
Não consigo imaginar um lugar em que não esteja com a tua essência,
e só não consigo imaginá-lo
porque me dói tentar pensar em sua triste ausência.
Aonde quer que tu vá,
leve-me contigo,
pois apenas ao teu lado consigo encontrar meus pulmões
e retornar a respirar,
apenas do teu lado 
sinto verdadeiramente meu coração pulsar saudável.
E é apenas tu que quero,
quero para mim.
Mas tu ousa partir sem despedidas,
deixou-me com o coração murcho e seco,
como estão meus olhos que não suportam mais prantear.
Agora irei ao teu encontro,
apenas não sei que bagagem levar,
mas o essencial comigo está,
todo o amor que tenho para te dar.
Estou ansiosa por nosso reencontro.
Me despeço do mundo para ti novamente encontrar.
Do que vale uma existência sem tu que és minha vida?

9 de outubro de 2011

Finalmente ela se foi

Chame-me quando tu estiveres a morrer,
quero contemplar teu corpo agonizante e tuas palavras sem voz.
Irei esperar teu fim, 
e quando ele chegar 
jogarei a última pá de terra sobre teu caixão,
assim selando os teus 7 palmos para o esquecimento eterno.
Sobre ti jogarei uma última murcha rosa,
roubada de um túmulo em que ela foi posta quando era viva e graciosa,
mas agora que tu morreu não iras exigir uma bela flor.
Lágrimas?
Elas não serão despejadas de meu olhos,
porque como você as flores também já morreram
e não necessitam de serem regadas.
E quando ninguém mais estiver olhando
ponharei um sorriso em meu rosto
e um último suspiro de alívio da ti irei dedicar.
Agora vá!
Descanse no calor das chamas do inferno.


2 de outubro de 2011

Tempestades e calmarias

Este fogo inflamável que percorre por mim me conduz à destruição.
Me projeta sentimentos ferventes,
me levando a levianos pensamentos.
Mas quando o fogo cessa ele simplesmente dissipa-se
e me deixa anestesiada 
depois de carbonizar-me.
Intensas tempestades,
violentas calmarias.
Tenho mais medo das calmarias,
por elas são agourentas,
após elas sempre aguardo a rebelião dos sentimentos condenados.
Se você sente a dor pode sentir o ponto afetado,
mas se está insensível este ponto irá inflamar,
até atingir um nível crítico.
Tenho medo de emergir nestas escuras águas e não encontrar a superfície,
tenho medo de continuar a boiar e sem perceber acabar putrefata.
Confusa,
isso sim sei que sou.

Corações distantes

Corpos distante, almas reunidas,
profusa organização de sentimentos.
Ponte elevada separando os pares de olhos distantes.
Te sinto,
não te vejo.
Querido coração incorpóreo que com tenacidade encontra-se com sentimentos alheios.
Olhos distantes,
corações reunidos.
Esqueça a autoridade fajuta do relógio,
apenas sinta,
sinta não com tua epiderme,
sinta-me como te sinto 
com minha alma,
com meu sentimento.
Talvez quando o torpor domina minha mente a reunião das audazes almas seja finalmente realizada.
Sons,
agora os ouço,
e eles vem da tua voz, que agora chama meu nome.
Não estenda a mão para minha matéria,
estenda para as estrelas e finja que são o brilho dos meus olhos.
Não afague-me,
acaricie teu coração pois espero estar depositada nele,
e amplo espero que seja.
De forma cândida tu estas em minha mente.
Querido amigo,
quem sabe um dia nossas mãos se encontrem e entrelacem a fita de nossa sentimento.
Mas de mim não concebas esperanças,
para que a decepção de ti não brote,
não sou vazia, 
mas de meu interior tenho pouco a oferecer,
e nas minhas paredes não penduro as iluminadas artes,
mas tinjo com a obscuridade de minha tristeza.
Mas mesmo assim,
saiba que gosto verdadeiramente de você.
*Especialmente para o João =)