19 de novembro de 2012
27 de outubro de 2012
A rosa de Hiroshima
(Vinicius de Morais)
Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A antirrosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa, sem nada.
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A antirrosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa, sem nada.
22 de julho de 2012
Inocentes vítimas
As crianças não dormem mais,
elas tem medo,
medo dos monstros que possuem armas,
monstros que matam os seus semelhantes,
irmãos de raça.
Se inicia a caça,
sangue derramado,
vidas desperdiçadas.
Na guerra ninguém ganha,
sempre há perdas,
perdas irreparáveis.
Já esqueceram-se dos motivos de fazer isso,
mas a luta continua.
Todos perdem,
perdem-se vidas, sonhos, esperanças, perde-se PAZ.
Pobres inocentes sem voz,
resta-lhe apenas o medo.
Enquanto quem iniciou a carnificina,
sentado confortavelmente espera o resultado.
"Somente os mortos viram o fim da guerra."
1 de julho de 2012
Escuridão foi o que restou
A luz que aqui existia
Apagou-se
As trevas apossaram-se
do que estava iluminado
Tateio no escuro
A procura de algo que
ainda não sei o que é
As sombras estão por todo o lado
Mas o sol está distante
Aqui está frio
Apenas neblina
Sem caminho a seguir
Meus olhos não mais enxergam
As coisas estão distantes
Continuo aos tropeços
Fogueiras são acesas para iluminar e esquentar
Mas apenas conseguem me sufocar
Pura fumaça
do fogo que apagou-se
O calor que existia
era do teu corpo
Agora que tu se retirou
Nada mais me aquece
Te dei meu coração
Te dei o meu amor
Mas com ele tu apenas brincou
A luz vinha dos teus olhos
Agora eles estão distantes
Eles não mais me veem...
Nossos olhares não se encontram
Te dei meu amor
Tu se foi e me deixou apenas dúvidas
Sem palavras, sem um final
Sem despedidas
Interrogações em forma de forca
Perguntas sem resposta
O teu silêncio dói
Tu se foi
e apagou a luz
O que foi que aconteceu?
Diga-me!
Dê o tiro de misericórdia
Mas não deixe-me aqui agonizante
Pura neblina
é tudo o que vejo
Está escuro
Não vejo caminho
Cairei em buracos
por não mais enxergar
Não existe nenhuma mão
para me auxiliar
Um dia minha visão se acostumará
Um dia alguma luz será acesa
por mais fraca que ela seja
O que aconteceu?
Algo morreu
O teu amor?
Se ele acabou é porque nunca existiu
7 de junho de 2012
Harlot
Seu coração é morada dos demônios,
mas até os anjos desejam tocá-la.
Desejo é o que a move, é tudo o que há.
E assim ela foi levada pras sombras.
No escuro é que as coisas mais insanas acontecem.
Darkicismo
Era um cara tão dark que era cético de sua darkice.
Dark nas ações, no visual, nas atitudes, no falar, no paladar, no humor...
Era dark antes de existir o dark!
Feijão tinha ser preto, fruta tâmara, doce: bolacha negresco, perfume dark-noir.
Era dark em tudo.
Era surrealmente dark em seus pensamentos!
"Acordei com vontade de morrer de vontade de não ter vontade..."
Ah que carisma, que poeta mórbido...
Era dark taciturno, noturno com comentário moribundos.
"Eu sou tragi-cômico ha ha ha!"
O dark se casou com uma bruxa mulata fake, para azar.
"Trágico", disse seu Omar, que era negro na alma apesar de papa defunto.
"O amor é a morte o corvo representa?"
"Umbra é coisa de macumba?"
Eles e suas darkices...
Esquelético em sua morbidez-palidez.
Morreu numa sexta-feira 13, com nuvens no céu.
Na sua lápide: uma pessoa extrovertida, feliz da vida...
No umbral se encontrou com Nix que se encantou, mas Nix era Botafogo e ele Corintiano, mas não era guerreiro, se deu mal.
Afinal o que é Mal-mau na rave Goth-electro é de morte.
Imaginava que tinha distimia...
Nascido de pais passionais, Morgana era sua mãe!
Amordaçava, não abraçava, quando aprontava.
Esse dark nasceu dark, viveu dark, morreu dark.
Tumba la ca tumba doce me acude.
Humor negro!
O dark-cético virou caquético.
Dark nas ações, no visual, nas atitudes, no falar, no paladar, no humor...
Era dark antes de existir o dark!
Feijão tinha ser preto, fruta tâmara, doce: bolacha negresco, perfume dark-noir.
Era dark em tudo.
Era surrealmente dark em seus pensamentos!
"Acordei com vontade de morrer de vontade de não ter vontade..."
Ah que carisma, que poeta mórbido...
Era dark taciturno, noturno com comentário moribundos.
"Eu sou tragi-cômico ha ha ha!"
O dark se casou com uma bruxa mulata fake, para azar.
"Trágico", disse seu Omar, que era negro na alma apesar de papa defunto.
"O amor é a morte o corvo representa?"
"Umbra é coisa de macumba?"
Eles e suas darkices...
Esquelético em sua morbidez-palidez.
Morreu numa sexta-feira 13, com nuvens no céu.
Na sua lápide: uma pessoa extrovertida, feliz da vida...
No umbral se encontrou com Nix que se encantou, mas Nix era Botafogo e ele Corintiano, mas não era guerreiro, se deu mal.
Afinal o que é Mal-mau na rave Goth-electro é de morte.
Imaginava que tinha distimia...
Nascido de pais passionais, Morgana era sua mãe!
Amordaçava, não abraçava, quando aprontava.
Esse dark nasceu dark, viveu dark, morreu dark.
Tumba la ca tumba doce me acude.
Humor negro!
O dark-cético virou caquético.
Escrito por Luis Alexandre Pugliesi
30 de abril de 2012
Maldito amor
Aproveite o amor,
ele ainda devorará teu coração.
Use-o a teu favor enquanto ele não te machuca.
Que seja bom enquanto não sangra.
Viva-o enquanto não houve dor.
Pois tudo mudará.
haverá chamas nesse falso paraíso,
arame farpado nas nuvens
e das rosas sobrarão apenas espinhos.
18 de março de 2012
Cenário de uma triste garota
Jogada no chão que nem papel velho cujas palavras perderam importância,
rodeada apenas por cinzas de um cigarro que queimou minha mão,
na sombra de uma árvore sem vida,
o Sol queima minhas pernas,
a parede machuca minhas costas,
as pessoas passam mas não verdadeiramente me veem,
elas só querem saber de seus próprios interesses,
sou apenas uma estranha peça no cenário.
Fumaça sai da minha boca,
mas as palavras abandonaram-me,
afinal não tenho para quem entregá-las.
A expectativa apertou meu coração,
é triste saber que não lhe verei,
teus olhos seriam a única luz do dia.
Não encontro mais meu coração aqui,
parece que no lugar ficou apenas um espaço vazio e dolorido.
No chão há uma garota solitária
No chão há uma garota solitária
que parece não ter para onde ir,
ela tem um lar,
mas este não é nada convidativo,
pois lá ela continuará sem palavras
e a tristeza ainda estará presente.
25 de fevereiro de 2012
Nightmare
Irei entrar em teus sonhos até eles tornarem-se pesadelos.
Cada vez que você fechar os olhos em tuas pupilas estará minha face.
Vou lhe perturbar até que você não desejará mais dormir,
impregnarei minha presença em tua mente,
estarei como uma ferida infecciosa em teu cérebro.
A não ser que você abra teu crânio,
estarei a lhe infernizar eternamente,
pois minha presença não expirará,
sobreviverei eternamente como tua maldição.
Uma boa música para acompanhar teus pensamentos.
O Corvo
"Que essa palavra nos aparte, ave ou inimiga"
eu gritei levantando - "Volta para a tua tempestade e para a orla das trevas infernais!
Deixe minha solidão inteira! - sai já desse busto sobre minha porta!
Tira teu bico do meu coração, e tira tua sombra da minha porta!"
E o Corvo disse: "Nunca mais."
(Edgar Allan Poe)
20 de fevereiro de 2012
Sou o espírito que te pertuba
Sou aquela voz na escuridão
que te faz arrepiar,
sou aquela mão
que entra debaixo do teu cobertor,
sou aquele sopro gelado
que te faz tremer,
é para mim que tu acende aquelas velas
e implora por misericórdia.
19 de fevereiro de 2012
Não diga NÓS
Não diga NÓS.
Você não segura minha mão no escuro,
você não me acompanha no abismo,
você não junta meus pedaços com um abraço,
você não está ao alcance de minhas mãos.
22 de janeiro de 2012
Solidão
Sinto o frio da solidão,
não há braços para me aquecer.
O vazio grita em desespero com sua voz de silêncio,
este som fere meus tímpanos.
Vejo um olhar entristecido,
não há ninguém para consolá-lo.
Todos já se foram ou nunca aqui estiveram.
Minha alma arrasta-se encurvada para o caminho da solidão.
Ninguém sentirá a ausência.
O Ninguém é companheiro,
ele sempre está por perto.
A Solidão acorrentou-se aos meus calcanhares,
seus grilhões são pesados.
O silêncio continua a me atormentar.
Olá vozes, onde vocês estão?
Alguém livre-me disso!
Estas correntes machucam.
Estou sufocada neste frio mundo de nada.
4 de janeiro de 2012
Cigarettes and loves
Dedico cada cigarro a minha frustração.
A fumaça se indo,
meus pensamentos se dispersando.
O meu ar deixando-me junto com as lágrimas.
As cinzas caindo,
minha vontade desfalecendo.
Quando ele não tem mais serventia
o jogo no chão e piso
fingindo que aquele cilindro de nicotina é você.
Mother, kiss me
Esta noite ela não me beijou.
mas foi mais difícil quando um beijo ela me negou,
aquele beijo que é como uma curta história antes do adormecer,
a ausência dele traz lágrimas escuras
iluminadas somente pela luz rubro do abajur.
Não sou mais aquela garota que você gostava,
mas diga-me,
tu ainda me amas?
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