7 de junho de 2012

Darkicismo

Era um cara tão dark que era cético de sua darkice.
Dark nas ações, no visual, nas atitudes, no falar, no paladar, no humor...
Era dark antes de existir o dark!
Feijão tinha ser preto, fruta tâmara, doce: bolacha negresco, perfume dark-noir.
Era dark em tudo.
Era surrealmente dark em seus pensamentos!
"Acordei com vontade de morrer de vontade de não ter vontade..."
Ah que carisma, que poeta mórbido... 
Era dark taciturno, noturno com comentário moribundos.
"Eu sou tragi-cômico ha ha ha!"
O dark se casou com uma bruxa mulata fake, para azar.
"Trágico", disse seu Omar, que era negro na alma apesar de papa defunto.
"O amor é a morte o corvo representa?"
"Umbra é coisa de macumba?"
Eles e suas darkices...
Esquelético em sua morbidez-palidez.
Morreu numa sexta-feira 13, com nuvens no céu.
Na sua lápide: uma pessoa extrovertida, feliz da vida...
No umbral se encontrou com Nix que se encantou, mas Nix era Botafogo e ele Corintiano, mas não era guerreiro, se deu mal.
Afinal o que é Mal-mau na rave Goth-electro é de morte.
Imaginava que tinha distimia...
Nascido de pais passionais, Morgana era sua mãe!
Amordaçava, não abraçava, quando aprontava.

Esse dark nasceu dark, viveu dark, morreu dark.
Tumba la ca tumba doce me acude.
Humor negro!
O dark-cético virou caquético.




Escrito por Luis Alexandre Pugliesi


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