22 de janeiro de 2012

Solidão

Sinto o frio da solidão,
não há braços para me aquecer.
O vazio grita em desespero com sua voz de silêncio,
este som fere meus tímpanos.
Vejo um olhar entristecido,
não há ninguém para consolá-lo.
Todos já se foram ou nunca aqui estiveram.
Minha alma arrasta-se encurvada para o caminho da solidão.
Ninguém sentirá a ausência.
O Ninguém é companheiro,
ele sempre está por perto.
A Solidão acorrentou-se aos meus calcanhares,
seus grilhões são pesados.
O silêncio continua a me atormentar.
Olá vozes, onde vocês estão?
Alguém livre-me disso!
Estas correntes machucam.
Estou sufocada neste frio mundo de nada.

4 de janeiro de 2012

Cigarettes and loves

Dedico cada cigarro a minha frustração.
A fumaça se indo,
meus pensamentos se dispersando.
O meu ar deixando-me junto com as lágrimas.
As cinzas caindo, 
minha vontade desfalecendo.
Quando ele não tem mais serventia 
o jogo no chão e piso 
fingindo que aquele cilindro de nicotina é você.

Mother, kiss me

Esta noite ela não me beijou.
mas foi mais difícil quando um beijo ela me negou,
aquele beijo que é como uma curta história antes do adormecer,
a ausência dele traz lágrimas escuras 
iluminadas somente pela luz rubro do abajur.
Não sou mais aquela garota que você gostava,
mas diga-me, 
tu ainda me amas?
Assusta-me a sede do querer 
e a frustração do não poder.
Tudo desfeito no ar, 
mas guardado nos pensamentos.