1 de julho de 2012

Escuridão foi o que restou

A luz que aqui existia 
Apagou-se
As trevas apossaram-se 
do que estava iluminado

Tateio no escuro 
A procura de algo que 
ainda não sei o que é

As sombras estão por todo o lado
Mas o sol está distante
Aqui está frio
Apenas neblina

Sem caminho a seguir
Meus olhos não mais enxergam
As coisas estão distantes
Continuo aos tropeços

Fogueiras são acesas para iluminar e esquentar
Mas apenas conseguem me sufocar
Pura fumaça
do fogo que apagou-se

O calor que existia
era do teu corpo
Agora que tu se retirou
Nada mais me aquece

Te dei meu coração
Te dei o meu amor
Mas com ele tu apenas brincou

A luz vinha dos teus olhos
Agora eles estão distantes
Eles não mais me veem...
Nossos olhares não se encontram

Te dei meu amor
Tu se foi e me deixou apenas dúvidas
Sem palavras, sem um final
Sem despedidas

Interrogações em forma de forca
Perguntas sem resposta
O teu silêncio dói

Tu se foi
e apagou a luz
O que foi que aconteceu?
Diga-me!

Dê o tiro de misericórdia
Mas não deixe-me aqui agonizante

Pura neblina
é tudo o que vejo
Está escuro
Não vejo caminho

Cairei em buracos
por não mais enxergar
Não existe nenhuma mão
para me auxiliar

Um dia minha visão se acostumará
Um dia alguma luz será acesa
por mais fraca que ela seja

O que aconteceu?
Algo morreu
O teu amor?
Se ele acabou é porque nunca existiu

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