17 de julho de 2011

Caminho má(soquista)

-x--x--x--x--x--x--x--x--x--x--x--x--x--x--x--x--x--x--x--x--x--x--x--x-
Me prendo nas próprias paredes que construí,
cambaleando sobre a corda que estiquei,
perdendo-me nos caminhos apenas por estar de olhos fechados,
embaçando o espelho cujo reflexo me dói,
zapeando pelos canais de TV para crítica-los negativamente,
cortando-me para diminuir os pontos da dor,
fugindo pelo caminho mais espinhoso,
me cobrindo de lamúrios para ser enxergada,
caindo em pranto para afogar-me nele,
empilhando rochas para pular do penhasco cujo fim está inundado de águas salgadas despencadas de meus dutos lacrimais.
Má(soquista) essa sub existência que construo para mim,
mas sigo,
das rosas aproveitando somente os espinhos,
deixando minha trilha cor de vinho.
 E vou seguindo
presa,
cambaleante,
perdida,
cega,
crítica,
cortada,
furada,
ranzinza,
afogada,
mas continuo seguindo...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O que você acha disso?