31 de agosto de 2011

Rótulos humanos

Olá my dear ghosts, 
quero contar uma coisinha que aconteceu, 
não é muito interessantes mas vocês são vagantes então percam um pouco do seu tempo de putrefação. 
Uns dois dias atrás, se não me engano, meu professor me entrevistou, 
sim, apenas a mim, 
lembrando que além de professor ele é jornalista, 
o assunto desta pequena entrevista foi meu 'estilo', que segundo ele é emo, 
como disse, esta foi a opinião dele. 
foram feitas perguntas sobre este estilo, personalidade, entre outras coisas.
Mas o que me faz pensar, 
estou sendo rotulada, não encontro-me numa categoria específica, 
como eu gosto de repetir, cada vez mais estamos sendo vendidos por cédulas, 
pequenas máquinas que consumem produtos industrializados. 
Lógico que não estou reclamando, 
gosto quando as pessoas se interessam por minhas opiniões, 
e percebo que o que as pessoas mais me perguntam são sobre este suposto estilo, 
pra ser sincera, externamente não me acho muito diferente dos outros a ponto de causar curiosidade sobre meu cotidiano.
Perguntam o que leio, o que gosto, o que faço, 
mas duvido que eles parem em um minuto de reflexão para fazerem estas perguntas a si mesmos. 
Penso, qual é o motivo desta curiosidade?
Me sinto como um experimento cientifico quando me despejam perguntas.  
Fico imaginando um tempo em que todos serão literalmente rotulados, 
que nem os judeus na época do nazismo. 
Se parar pra pensar isso já acontece, 
as pessoas tem suas personalidades demonstradas pelos pedaços de tecido que usam, 
se você está de preto, é gótico/roqueiro, 
se está de rosa é patricinha, 
se está se saia curta ou com alguma marca de roupa específica é funkeira(o).
Rótulos, estes dominam os pensamentos, e fazem com que as pessoas façam pré julgamentos das outras. 
Daí nasce o preconceito.
Você conseguiria se definir?
E pra que definir se cada ser é único? 
Estamos sendo produzidos como pequenos seres funestos em massa feitos para consumir.
Quem as pessoas se acham para julgarem tão sem conhecimento as outras? 
Quando elas apontam alguém na rua duvido que estejam se enxergando.

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