Risos falsos,
sentimentos vazios,
olhos cegos,
pura invenção,
no mundo da fantasia preferi me tornar bruxa
pra ver se o sapo enfeitiçava-me,
mas aqui jaz apenas um príncipe maldito,
que preferiu se matar do que tolerar a cobrança das princesas Barbie.
Pra que tantos nomes de cores
se enxergo tudo em puro negror?
Sentimentos plastificados vendidos em caixas de papel,
palavras ditas mil vezes a ouvidos insensíveis.
Olhos de vidro refletem lágrimas de colírio,
palavras ao vento,
sopradas para parecem quentes
mas no final mostrarem-se punhais em forma de corações pontiagudos,
nem o coração é real,
apenas um símbolo para o maldito que continua a pulsar
em meu peito devastado.
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